1.26.2011

room service - ramiro e.










Nas veias corre-lhe sangue argentino, mas o carácter, esse, o fotógrafo formou-o no território denuestros hermanos.

Buenos Aires foi o seu berço durante os primeiros sete anos e, depois de aproveitar a movida madrileña, trocou a capital espanhola pela artística Barcelona. Há precisamente sete anos.

A fotografia, trouxe-lha uma revista indie, e depois transformou-se no seu universo. Mas o vídeo surge-lhe agora como todo um mundo por descobrir. No seu blog, apadrinhado pela revista Yo Dona, aposta no street style, mas o 'Girlzine' é actualmente o seu principal projecto e é onde desvenda uma estética muito própria de retratos. Para quem pensa que 'romântico' e 'rebelde' são duas palavras que não fazem sentido juntas, então é porque não conhece Ramiro Pereyra. Ramiro com E.

Há quanto tempo vives nesta casa? Vivo aqui há 5 anos.

O que te atrai mais em Barcelona? Vim viver para Barcelona há 7 anos e nessa época sentia-me atraído pelo ambiente da cidade, os bares, os festivais, como El Sonar ou o Primavera Club, as revistas alternativas. Umas das coisas que mais gosto em Barcelona é a minha casa e o facto de viver aqui com a minha namorada.

Reparei que consegues ter em casa o teu próprio estúdio...isso é óptimo! É um estúdio pequeno mas dá-me jeito para fazer sessões de retratos.

Como começaste a trabalhar como fotógrafo? Não tinha propriamente uma vocação para fotógrafo, mas comecei a tirar umas fotos em concertos para uma revista indie chamada Espiral.

E em que projectos estás envolvido neste momento? Tenho um “fanzine” chamado Girlzine; estou a preparar o número 2. Também estou a começar a fazer vídeos, por agora também dentro da temática “girlie”.

Pois, acerca disso...depois de navegar um pouco pelo teu site (www.ramiroe.com), reparei que fotografas sempre raparigas com um estilo muito particular, pouco parecidas às modelos tradicionais. Porquê esta estética? Acho que sou um pouco rebelde e inconformista e isso levou-me a desenvolver uma visão romântica da beleza, alheada do convencional. Gosto realmente destas raparigas e considero-as sexy's.

Sentes-te de alguma forma fascinado pela fotografia de moda? Tenho uma relação de amor-ódio com a moda. Interesso-me muito pela sua linguagem e em como consegue transformar uma coisa antiga e vintage em algo novo e fresco. Por outro lado, não me sinto cómodo com o seu lado mais convencional...

Entendo-te, sim. Voltando à casa... o vosso quarto é numa mesanine. Adoro! Ao ser uma mesanine parece que o quarto é muito maior...dá um toque loft à casa.

Sim!E tu, o que gostas mais no quarto? A cama. É de pele branca.

Diz-me o que não pode faltar neste teu espaço. Um candeeiro de noite ao lado da cama...

E qual é a história do enorme relógio que está na parede por cima da cama? Alguma obsessão tua pelo tempo...? Não(risos)...não tenho obsessão com o tempo, tenho sim uma obsessão por objectos luminosos! E quando vi este relógio pensei que tinha de o ter em minha casa. Tenho vários objectos com luz, entre eles uma grande e luminosa letra “E”...era o “E” de um Hotel...

Pois...a respeito do “E”, tenho uma curiosidade. Se o teu apelido é Pereyra, o que significa o “E” de Ramiro E? Não tem nenhum significado. Na verdade é o meu segundo nome...


© photography Sara Gomes
© text Carolina Almeida
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