7.21.2010

room service - lili dias.









Quando entramos no quarto da historiadora de arte, a sensação é a de estarmos a mergulhar num conto de princesas.

Não apenas pelo rosa que dá vida às paredes (e aos bonecos, e aos acessórios, e aos sapatos), mas também pelos detalhes românticos escondidos em cada recanto. E pelo próprio cabelo da princesa Lili. “É um regresso à minha infância, tal como muitas coisas do meu quarto”, explica.

Licenciada em História de Arte e com o projecto de voltar a ser hospedeira de bordo muito em breve, Lili assume que nunca largou a sua meninice. “Se tiver de escolher entre uma saia e umas calças, escolho sempre a saia. E os sapatos têm de ser redondos”, diz. A sua colorida colecção de mais de vinte pares de Repetto inclui sobretudo bailarinas.

Mas a meninice dispersa-se quando o olhar recai nas estantes de livros. Além de lombadas de ilustração e banda desenhada – duas das grandes paixões de Lili –, nomes de escritores russos surgem, imprevisíveis, nas prateleiras imaculadamente arrumadas. “Adoro literatura russa porque vivi em Moscovo durante dois anos.”

© photography Sara Gomes
© text Carolina Almeida
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